Basílica do Sagrado Coração de Jesus
Conselheiro Lafaiete - MG
Ateliê São Bento de Arte Sagrada
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A teologia do grande mosaico da Basílica
do Sagrado Coração de Jesus, tem como base de inspiração, o livro do
Apocalipse, que exprime a fé da Igreja no Cristo, apresentado no mesmo plano de
Deus e com os mesmos atributos, é o Senhor dos senhores e Rei dos reis, o Alfa
e o Ômega, o Vivente, o Cristo Pantocrator, que significa Aquele que tudo
rege.
A verdade do Pantocrator se
manifesta no antigo testamento com o Deus todo poderoso e o Cristo no Novo
testamento, como o Senhor que revela o Espirito Santo.
A figura de Cristo como
sacerdote, vestido de uma túnica branca e comprida, como rei, cingido e como um
ser divino, de rosto como o Sol resplandecente.
O corpo de Cristo se destaca entre no fundo dourado em forma
de mandorla, para indicar a sua glória no céu. A auréola, chamada, coroa,
desenhada com traço fino sobre o mesmo fundo dourado, é sinal da santidade. Na
auréola estão desenhados três braços de uma cruz; é uma clara alusão à dimensão
salvífica de Jesus
A sua mão direita é a que abençoa
e literalmente a mão que fala, que traz uma boa notícia, os três dedos ( o
polegar, o indicador e o mínimo) recordam a Trindade; os dois dedos juntos ( o
médio e o anular) vêm para recordar que em Cristo subsistem duas naturezas: a
divina e humana.
Na mão esquerda traz o livro dos Evangelhos, com a afirmativa
Eu Sou. Reafirmando o dialogo no antigo testamento entre Deus e Moises, no
episódio da sarça ardente.
Os seus pés, estão sobre a forma
geométrica da Terra, onde Jesus é seu justo juiz, “Exaltem o Senhor, o nosso Deus, prostrem-se diante do estrado
dos seus pés. Ele é santo!” Sl. 99, 5
A
batalha entre o bem e o mal está como eixo condutor das demais representações
ao redor do Cristo.
Na
parte inferior temos dois extremos, do lado esquerdo de Cristo, as formas
malignas e seu reino infernal, e as ruinas de uma civilização sem Deus, destino
reservado aos inimigos do céu.
Do lado
direito o triunfo da Igreja militante, conduzida pelos anjos do apocalipse,
relatado em apocalipse 7, 1-10
“E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o
selo do Deus vivo
Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores,
até que hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus.
Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual
ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que
estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com
palmas nas suas mãos;
E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
Os
justos são os que vêm da grande tribulação lavaram as suas túnicas e as
alvejaram com o sangue do cordeiro.”
Pendente
da Jerusalém Celeste e sobre os justos temo o estandarte da vitória, a Cruz de
Cristo, escoltada pelos nove coros dos Santos Anjos.
A
Jerusalém é descrita como a esposa do cordeiro, também como o mundo novo, a
capital do Reino messiânico e cidade de Deus: é imagem da Igreja celeste.
Toda a
poesia com que é descrita a Nova Jerusalém sugere a sua beleza celestial, que
lhe é conferida pela presença do Cordeiro.
Felizes
os que lavam as suas vestes para terem direito a árvore da Vida e poderem
entrar nas 12 portas da cidade santa.
Ao lado
da Jerusalém encontrar-se o anjo do anuncio do retorno do Senhor, de sua
trombeta reverbera o som que conduz nossos olhares a mão chagada do
ressuscitado.
Ao
centro na parte superior encontra-se a revelação do Espirito Santo aos quatro
evangelistas, todos tem em suas mãos, o evangelho. Os seus respectivos símbolos
zoomorfológico, são:
João a
águia, Mateus o anjo, Marcos o leão, e Lucas o touro.
Apenas
João tem o olhar voltado para o lado, isso porque foi a ele revelado as mensagens
apocalíticas e a visão da Jerusalém celeste.
Do lado esquerdo e sobre o
inferno temos a vitória de Nossa Senhora que esmaga a cabeça da serpente. A
virgem é rodeada de símbolos celestiais, porque é a mãe do Messias anunciado no
Novo Testamento. Ele tem em seus braços seu filho Jesus que segura a barca,
símbolo da Igreja, cujo mastro é a cruz.
Miguel e seus anjos declaram guerra ao Dragão.
O dragão e seus anjos não resistiram, e nunca mais
encontraram lugar no céu:
Com a o poder do sangue do Cordeiro a vitória se confirma a
todos que confiam em seu amor e se lançam ao serviço de construção do reino de
Deus.
Em
torno do painel vem a inscrição nas palavras seguintes:
Do
céu o Senhor contemplou, viu os filhos dos homens. Do lugar de sua morada ele
observa os habitantes todos da terra: ele forma o coração de cada um e discerne
todos os seus atos' (Sl 33, 13-15).
O Pantocrator infunde na alma devota todos, os santos sentimentos, sendo Ele,
Grande, Poderoso, Criador, Onividente, Suave, Amigo dos homens, Salvador, Juiz,
Humilde, Severo e Misericordioso.